quarta-feira, 3 de julho de 2013

ESTUDO

As sete estrelas são os dirigentes das diferentes igrejas, que representam a Igreja do Senhor Jesus na sua totalidade. O Senhor, que tem os sete Espíritos de Deus, fala como a Fonte de toda a vida em Sardes, e tem as sete estrelas, ou seja, a Sua Igreja, na Sua mão. É como se Ele quisesse dizer que toda a plenitude de poder renovador está à disposição de toda a Igreja! Quando o Senhor diz à igreja em Sardes "... Conheço as tuas obras...", não tem o mesmo sentido para com as demais igrejas, isto é, não há nem consolo nem louvor, pois logo em seguida Ele conclui: "... que tens nome de que vives e estás morto". (Apocalipse 3.1). Quer dizer que essas obras tinham apenas aparência de vida, mas estavam mortas. Isso é muito forte! Imagine quantas são as igrejas que vivem de aparência! Têm um belo templo; um belo coral; belas mensagens; vida exterior e morte interior. São como o Senhor Jesus falou: sepulcros caiados. (Mateus 23.27) É interessante notar que a igreja em Sardes, em contraste com as outras, é deixada em paz pelo diabo. Satanás nem é citado aqui. Tampouco há referência a falsas doutrinas, Balaão, Balaque, nicolaítas ou Jezabel! Também não há provações nem sofrimentos. Por quê? Justamente porque ela está morta! Ela tem aparência de vida, mas está morta aos olhos do Senhor. O contraste desta igreja com a de Esmirna é total, pois Esmirna tinha fama de pobre, mas era rica. E Sardes tinha fama de que tinha vida, mas estava morta. No Antigo Testamento, as pessoas recebiam o nome de acordo com o seu ser, o seu caráter ou a sua tarefa. Jacó quer dizer "usurpador"; Israel significa "príncipe de Deus"; Eva é "mãe dos viventes". O nome Sardes significa "o que escapou". Indica uma igreja viva, que escapou do mundo, mas ela só o é na aparência. Quando uma pessoa fala que pertence à Igreja do Senhor Jesus, ou dizem a que congregação ou comunidade pertence, as demais têm imediatamente uma ideia do seu comportamento cristão. O fato é que ser cristão é ser uma fonte de água viva e, ao mesmo tempo, uma barreira espiritual contra todo o poder do inferno. A igreja em Sardes, porém, dava a impressão de ser viva, mas estava morta. Infelizmente, a situação desta igreja retrata exatamente a maioria das igrejas dos nossos dias, e daqueles que se dizem cristãos, mas vivem apenas de aparência. Há um espírito enganador e mentiroso, que os faz pensar que está tudo bem. Leia mais: Carta à igreja em Pérgamo As tribulações Você é uma promessa? Muitos frequentam a igreja com assiduidade; pagam os seus dízimos; não fazem mal a ninguém; oram; não têm problemas por causa da fé; e, no entanto, são tão frios quanto defuntos. Vivem na ilusão de uma grande mentira. Ao longo da História, alguns grupos religiosos foram treinados para combaterem tudo e todos que não estivessem de acordo com a religião que se dizia dominantes. Uma das suas técnicas para desmoralizarem publicamente um determinado homem de Deus, pregador do Evangelho, é criar uma mentira em relação a ele. Hoje em dia, usam a mídia para acusar continuamente aquele servo de Deus, até que a mentira em relação a ele venha a se tornar verdadeira perante a opinião pública. Ora, assim também acontece com os "cristãos sardônios": são convencidos de que os seus conhecimentos teológicos ou entendimentos bíblicos lhes garante a Salvação. Interessante é que o mesmo espírito tinha o povo de Judá, pois pensava que a Casa do Senhor o protegeria do juízo de Deus. Cometia abominações e depois corria para a Casa do Senhor, achando que isso o livraria do castigo. O "cristão sardônio" tem uma pesada bagagem de conhecimentos, pertence a uma conceituada denominação evangélica, é respeitado entre os irmãos, tem fama, prestígio e pensa que isso lhe garante a Salvação. Cada cristão precisa ser nascido de Deus! E quando isso não acontece é porque nunca nasceu da água e do Espírito Santo! Ninguém é cristão "de berço", por herança ou por imposição de alguém! Não! O cristão nasce por obra e graça do Espírito do Senhor Jesus Cristo! Por isso é chamado de cristão! É claro que o Senhor Jesus aqui já não está determinando o juízo do inferno para a igreja em Sardes, mas chamando sua atenção para que venha despertar e se voltar para Ele. Da mesma forma, desde o tempo do profeta Ezequiel alerta aos que estão na mesma condição dos cristãos de Sardes: "Porque não tenho prazer na morte de ninguém, diz o Senhor Deus. Portanto, convertei-vos e vivei". Ezequiel 18.32 E para que haja Salvação, o Senhor determina o seguinte: "Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do Meu Deus". Apocalipse 3.2 Ele ordena que a igreja em Sardes seja vigilante, a fim de consolidar o resto que estava para morrer. A maior parte dos cristãos já estava morto, espiritualmente falando, mas ainda restavam alguns que também se encaminhavam para o mesmo destino. Para salvá-los, era imperativo a vigilância. "Sê vigilante" foi à ordem dada. Por quê? Porque certamente o sono da morte eterna envolvia a igreja, e o único caminho para mudar esta situação era que ela despertasse para uma vigilância efetiva.

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